O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, negou mais uma vez, lá da Câmara Federal, estar envolvido no esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), descoberto na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal. Para provar que é santo, ele oferece a quebra do seu sigilo telefônico e bancário. Isso tudo, como se uma raposa velha como ele pudesse ser tão primária a ponto de usar a própria conta em bancos para depositar dinheiro sujo. Por ter foro privilegiado, ele não está incluído no inquérito da PF que investigou a quadrilha.
É mesmo um santo esse Paulo Pereira da Silva. Todas as investigações contra ele são fruto da inveja dos concorrentes, ele diz. Vejam algumas delas:
STF Ação Penal 421/2007 - Competência - prerrogativa de função; o STF não fornece detalhes.Mas dá para saber que foi proposta pelo Ministério Público Federal, que o inquérito tem 14 volumes, 3172 folhas e é de abril de 2007.
TRF 3ª Região Agravo Nº2007.03.00.052907-6 - Ação Civil Pública por improbidade administrativa.
TRF 3ª Região Agravo Nº2007.03.00.034036-8 - Ação Civil Pública por improbidade administrativa.
TSE Recurso Especial Eleitoral Nº28338/2007 - Irregularidades na obtenção de recursos financeiros de campanha eleitoral.
TSE Recurso Contra Expedição de Diploma Nº745/2007 - Abuso de poder econômico.
TRE-SP Investigação Judicial Nº27/2006 - Gastos ilícitos de campanha e recebimento de doação proveniente de fonte vedada.
TRE-SP Ação de Impugnação de Mandato Eletivo Nº54/2006 - Sob segredo de justiça.
Notícia publicada no jornal O Globo, em dezembro de 2006, diz que ele foi denunciado por estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. O material dessa época, mostra que a ação do MPF acusa Paulinho e os outros 11 réus de superfaturar em 77% a compra da Fazenda Ceres, em Piraju (região sul do estado), para a implantação de um projeto de reforma agrária. Em 2001, o governo federal investiu R$2,8 milhões no assentamento de 72 famílias ligadas à Força da Terra, o braço rural da Força Sindical. Do total, R$2,3 milhões foram gastos na compra da fazenda de 307 alqueires. Segundo três laudos, o preço real do imóvel era de aproximadamente R$1,3 milhão. Tudo a valores de época.
Apesar desses processos, a campanha para ele se eleger deputado em 2006 foi financiada por gente poderosa. Vejam só quais são algumas dessas empresas:
BMG LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL; CAEMI - MINERAÇÃO E METALÚRGICA S/A; BANCO BMG S/A; CBA - COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO; GERDAU AÇOS LONGOS S/A; PRODENT ODONTOLOGICA LTDA; TCM - ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS LTDA; WHIRPOOL S.A - MULTIBRAS S.A; BOVESPA - BOLSA DE VALORES DO ESTADO DE SÃO PAULO; CONSTRUTORA BARBOSA MELLO S/A; BM & F - BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS; PLASCAR INDUSTRIA DE COMPNENTES PLÁSTICOS LTDA; COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO S/A (leia-se Pão de Açúcar, Extra, etc.); BANCO ITAÚ S/A; LOPSA INDUSTRIA E COMERCIO DE TORNEADOS LTDA; LORENZETTI S.A INDUSTRIAS BRAS. ELETROMETALURGICAS; SUZANO BAHIA SUL PAPEL E CELULOSE S/A; NOVARTIS BIOCIENCIAS S/A.
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