quinta-feira, 5 de junho de 2008
Gente nojenta em Curitiba
Frequentar o shopping Palladium, em Curitiba, é coisa de quem gosta de apharteid. Seguranças tem barrado a entrada de jovens da periferia, vestidos com camisas de clubes e trajes de hip-hop (roupas exageradamente largas e bonés). A proibição gerou protesto nas escadarias do shopping e suscitou um debate na cidade. O shopping Palladium - o maior da cidade - foi construído na Região Sul, onde estão concentrados os bairros mais populosos da capital e onde se concentra também a população mais pobre. A direção do shopping alega que a proibição tem por objetivo evitar o constrangimento de clientes. Ainda dizem que "O Palladium não faz nenhum tipo de discriminação. As restrições são em relação ao comportamento e às atitudes". O consultor jurídico da Associação Comercial do Paraná, Cleverson Marinho Teixeira, afirmou que os shoppings têm direito de evitar a presença de grupo de pessoas que representem risco de tumulto. "Por mais que seja um local público, o shopping é também uma propriedade particular. Está no direito do empresário decidir quem freqüenta o estabelecimento, desde que haja bom senso", afirmou.O veto a grupos de jovens "suspeitos" não é uma exclusividade do shopping Palladium. Há casos registrados também nos demais shoppings da cidade, principalmente naqueles localizados nas regiões centrais. Antes de sua inauguração, em 9 de maio, o Palladium foi interditado porque não tinha o laudo do Corpo de Bombeiros, nem o alvará da prefeitura que permitisse o seu funcionamento. A interdição foi feita pelo Ministério Público. Isso os gestores do tal shopping não levaram em conta. Pode?
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