quarta-feira, 4 de junho de 2008
Mudaram o Acre de lugar
Ontem, em Roma, o presidente Lula fez uma forte defesa do setor sucroalcooleiro durante a abertura da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia. Disse que "para entender plenamente as verdadeiras razões da crise alimentar atual, é indispensável afastar o sinal de fumaça lançado pelos lobbies poderosos que pretendem atribuir à produção de etanol à responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos". Disse também: "Quem diz que a cana-de-açúcar está invadindo a Amazônia diz besteira. No Brasil existem cerca de 77 milhões de hectares de terras agrícolas, fora da Amazônia, ainda não utilizadas, uma área igual à da França e Alemanha juntas". E concluiu: "nosso etanol retirado da cana-de-açúcar não agride a Amazônia, não retira terra da produção de alimentos nem provoca uma queda na oferta de alimentos na mesa dos brasileiros e do mundo".
Enquanto Lula nega, a usina acreana Álcool Verde informou que existem mais de 20 variedades de cana em fase de plantio numa das áreas da usina, no município de Capixaba, lá no Acre mesmo, e nas terras acreanas dos agricultores parceiros. A empresa forneceu as mudas, acompanhou e previu, ao final, no corte, adquirir a safra.
A pergunta que fica é: o Acre não é na Amazônia?
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