O Brasil não legalizou a pena de morte, mas na prática a história é outra. Só no ano passado, no estado do Rio de Janeiro, a polícia matou pelo menos 1.260 pessoas. Apesar disso, os crimes cometidos pela polícia têm pouca ou nenhuma investigação séria. As polícias estaduais aplicam métodos violentos, discriminatórios e corruptos no combate e na repressão ao crime nas comunidades carentes, sem que haja supervisão.
Em São Paulo, nos primeiros 10 meses de 2007, foram registradas 92 mortes em chacinas ligadas a grupos de extermínio. No Rio, segundo os moradores, veículo blindado da polícia (o caveirão) era usado como uma unidade móvel, na qual os policiais aplicavam choques elétricos e praticavam espancamentos. As milícias, formadas por policiais e bombeiros fora de serviço, dominam grande parte das favelas da cidade.
No campo, a situação dos direitos humanos também é alarmante: ativistas rurais e povos indígenas que realizam campanhas por acesso à terra são ameaçados e atacados por policiais e por seguranças privados. Além disso, houve denúncias de trabalho forçado e de exploração do trabalho em diversos estados - com 185 empregadores de 16 estados sendo incluídos na lista suja - e de desalojamentos forçados. Nos conflitos por terra, foram mais de 2.500 famílias expulsas de suas casas, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra.
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