do ex-Blog de César maia
1. A escolha do candidato a prefeito de SP, expôs rachas e conflitos no PSDB de SP. Isso não é nenhuma novidade. Com o desgaste de Lula no ano do mensalão -2005- no final do ano sua avaliação de ruim+péssimo, superava ótimo+bom. O PSDB -com dois nomes- Alckmin e Serra, decidia quem seria nomeado presidente da república. Os conflitos, tão ou mais ácidos do que agora, não emergiram para a imprensa e para as pessoas. Mas ocorreram subterraneamente. Foram 3 meses, o suficiente para um desvio de foco, e Lula se recuperar. Esqueceram da máxima do box: quando o adversário sente um golpe, é hora de golpear sem parar para levá-lo a lona ou desmontá-lo dali para frente. O resto da história se conhece e o insípido morador de Pindamonhangaba propagava na TV as receitas de sua ama. Assim mesmo chegou a 37% no primeiro turno e assustou Lula.
2. Agora a história se repete, e nem se deseja que prevaleça a máxima de Marx. A ambição do poder em 2010, estimulada por pesquisas inócuas, transformou a escolha do candidato a prefeito num conflito, só que agora, aberto, explícito. No fundo o mesmo que em 2006, quando Aécio apoiou Alckmin que agora será grato a ele. Pelo menos assim imagina Serra, segundo a imprensa. E -fora de hora- se abre o conflito.
3. Isso ocorre num quadro em que a virgindade ético-acadêmica do PSDB -em SP- é afetada por investigações da PF, daqui e d`alhures. Com nomes salpicados pelo noticiário, o PSDB apresentou seu programa na quinta-feira. Abriu o programa com a memória de Mario Covas, num bloco significativo, numa clara demonstração de que a questão ética passou a fragilizar também o PSDB e que se necessitava de uma imagem forte e indiscutível neste terreno. Na falta de símbolos vivos, se apelou aos mortos. Pelo menos foi isso o que passou para quem viu.
PS desta blogueira: Essa é uma das razões para que ninguém do PSDB e aliados queira ver contada, e bem contada, a história das negociatas da Alstom com o governo Covas. Se tudo vier à tona, liquida-se, também, o mito.
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