O trecho abaixo é parte de um documento do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, resposta às reclamações da rede Globo, indignada pelo fato de que a partir de agora está obrigada a registrar o número de horas trabalhadas pelos profissionais daquela casa e pagar as extras, quando o horário de trabalho superar os limites legais.
O mais falso dos sofismas é de que o controle das horas extras impedirá o jornalista de trabalhar mais, quando necessário, para produzir informação com qualidade. Não há na ação judicial movida pelo sindicato impedimento a longas jornadas de trabalho, que o jornal já definiu como “jornalismo romântico”. O que as leis de qualquer país civilizado determinam é que as horas extras sejam pagas ou compensadas.
Trabalhar de graça nada tem de romântico. Do contrário, a abolição da escravatura teria sido um atentado contra o romantismo. Se for necessário para obter informação de qualidade, nenhum jornalista se furtará a trabalhar 24 horas em um mesmo dia. A diferença é que, com o ponto, passará a ser recompensado. Como nas outras empresas do mundo.
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