domingo, 24 de maio de 2009

Nenê Constantino, o mandante, cuida da saúde

Procurado pela polícia, o empresário Constantino Oliveira Júnior, o Nenê Constantino, foi visto neste sábado, 23, andando pelos corredores do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Dono da empresa aérea Gol, ele é acusado de ameaçar testemunhas e de obstruir a Justiça em dois processos de homicídio em que aparece como réu. Ele teria sido internado na quinta-feira, 21, com o nome de "Constantino Oliveira". A Justiça decretou a prisão preventiva do empresário na quinta-feira. Na sexta, a desembargadora Sandra De Santis, da 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, determinou a prisão domiciliar, levando em conta "o precário estado de saúde" de Constantino, que tem 78 anos. Mesmo assim, ele continuou foragido. O empresário é réu em dois processos por homicídio, entre os quais o do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, morto a tiros em 2001. Constantino é suspeito ser um dos mandantes do assassinato. Márcio liderava um grupo de cerca de 100 pessoas que ocupavam o terreno em volta da garagem da viação Planeta, na cidade satélite de Taguatinga, pertencente ao empresário.
Na quinta-feira, Constantino e três supostos cúmplices tiveram prisão preventiva determinada, sob a acusação de que vinham ameaçando testemunhas e obstruindo a Justiça. Os três foram presos, mas o empresário fugiu.
Um dos detidos é o empresário Victor Foresti, genro e sócio de Constantino na empresa de transportes urbanos Planeta, a maior de Brasília. Ele é também vice-presidente do sindicato patronal do setor. Os outros presos são os motoristas João Alcides Miranda e Vanderlei Batista, que trabalhavam para o empresário na época dos assassinatos e seriam cúmplices dos crimes. Segundo a polícia, Miranda e Batista teriam contratado um pistoleiro para assassinar o dirigente, como forma de intimidar os demais ocupantes da área. Antes da execução, o empresário fez ameaças diretas de morte ao líder comunitário, que sofreu agressões e teve o barraco incendiado. Eles são acusados da morte de outro morador da área, assassinado nove meses antes. (do Estadão).

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