O prefeito afastado de Bariri (distante 60 km de Bauru), Benedito Senafonde Mazotti (PSDB), 52 anos, chamou ontem de “fantasiosas” as denúncias que culminaram em seu afastamento do cargo na terça-feira. Ele, o presidente da Câmara, Clóvis Roberto Bueno (PSDB), e o diretor de saúde do município, são acusados de participação em suposto esquema de desvio de medicamentos do posto de saúde. A acusação é do MP (Ministério Público). Benedito, que é empresário e ex-proprietário de um motel na cidade, primeiro afirma que não foi comprovado se os remédios encontrados na oficina do vereador Clóvis eram mesmo da prefeitura. Ele também desqualificou as testemunhas apresentadas no caso como da oposição derrotada.Na quarta-feira Benedito ingressou no TJ (Tribunal de Justiça) com um agravo de instrumento para retornar ao cargo. O resultado do julgamento deve sair ainda hoje.
A denúncia do MP afirma que Benedito, Clóvis e Claudocir faziam parte de suposto esquema para desviar remédios da prefeitura para a oficina mecânica Santa Terezinha, de propriedade do vereador Clóvis. O MP afirma que os pacientes que não conseguiam medicamentos no posto de saúde da cidade eram atendidos pelo vereador em sua oficina para a obtenção de vantagens políticas. Até a antecipação de cirurgias teria sido negociada. O promotor do município é Luciano Gomes de Queiroz Coutinho.Os remédios da prefeitura supostamente desviados teriam sido marcados como o nome “Clóvis” ou a letra “C” para serem encaminhados.Segundo o MP e também investigações da Polícia Civil, o prefeito afastado teria começado a participar do esquema quando ainda era diretor municipal de saúde.As supostas irregularidades vieram à tona em fevereiro, quando a polícia localizou na oficina mecânica de Clóvis cartelas de comprimidos e caixas de medicamentos.
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