segunda-feira, 15 de junho de 2009
Mulher do Paulinho da Força virá ré em ação penal
A Justiça Federal em São Paulo abriu ação penal contra Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), por suposto crime de lavagem de dinheiro. Elza caiu na malha fina da Operação Santa Tereza, investigação da Polícia Federal (PF) sobre desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O processo foi aberto sexta-feira por decisão da juíza Silvia Maria Rocha, titular da 2ª Vara Federal, especializada em processos sobre crimes financeiros e ocultação de valores ilícitos. Silvia acolheu denúncia que a Procuradoria da República apresentou em aditamento (aquilo que se acrescenta para ampliar) à acusação principal contra outros 13 réus, alvos de processo já em curso na 2ª Vara. Ré, Elza será citada para, no prazo de dez dias, responder à acusação. Nessa nova denúncia a Procuradoria da República aponta a mulher do deputado como integrante de organização que obtinha aprovação de financiamentos do BNDES para empresas e prefeituras por meio da exploração de prestígio político e depois cobrava comissão de 2% a 4% do valor global do empréstimo. A Polícia Federal suspeita que Paulinho teria sido beneficiário da trama. Ele está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), instância judicial que detém competência para abrir inquérito contra parlamentar. A procuradora Adriana Scordamaglia dedicou a Elza capítulo da denúncia intitulado Da integração do capital proveniente do desvio do financiamento no Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri.Rastreamento bancário revela que o lobista João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho e ex-integrante do Conselho de Administração do BNDES, depositou R$ 37,5 mil na conta corrente da Meu Guri, organização não-governamental (ONG) presidida por Elza. As investigações apontaram que Elza de Fátima Pereira, de forma livre e consciente, aderiu à conduta do acusado (Moura), assinala a procuradoria. Segundo a denúncia, Elza permitiu a utilização de conta corrente sob sua administração para a ocultação de valor de procedência ilícita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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