segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Hospital de Santos é acusado de simular radioterapia

O Hospital Beneficência Portuguesa de Santos, um dos mais importantes do litoral paulista, é investigado sob a suspeita de ter simulado tratamentos de radioterapia oferecidos a pacientes com câncer. O Ministério Público Estadual (MPE) apurou que pelo menos sete doentes passaram pelo chamado acelerador linear - dispositivo que emite feixes de radiação sobre a área afetada - em um período em que o aparelho estava quebrado. Em depoimento, uma técnica do setor de radioterapia confirmou a prática e disse que as ordens para ludibriar pacientes teriam partido de um dos médicos da Unirad, responsável pela unidade de radioterapia do local desde 1986. A funcionária Renata Cardoso Caldeira entregou ao Ministério Público (MP) uma relação com o nome de sete pacientes que, sem saber, teriam sido submetidos ao tratamento simulado. O hospital diz que rescindiu o contrato com a Unirad. As denúncias feitas por Renata foram confirmadas por mais dois funcionários do Beneficência Portuguesa. A técnica em radioterapia Cristiane da Silva disse que também teria recebido ordens de Cagnacci para colocar os pacientes na máquina desativada. O médico radioterapeuta Joaquim Gomes de Pinho, um dos donos da Unirad, ratificou as acusações feitas contra seu sócio. O MP vai acionar o Conselho Regional de Medicina (CRM) para que tome as medidas cabíveis na esfera administrativa. Os envolvidos podem ser enquadrados nos crimes de estelionato, infrações sanitárias, crime contra as relações de consumo e formação de quadrilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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