domingo, 9 de maio de 2010

Dengue "migra" para regiões norte e oeste de Ribeirão Preto (SP)

A proliferação mais acelerada de casos de dengue em Ribeirão migrou das regiões sul e leste para as zonas norte e oeste, de acordo com a Secretaria da Saúde do município.
Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão, Ana Alice de Castro e Silva, a cidade ainda está no pico de transmissão da doença e, por enquanto, só é possível afirmar que a proliferação desacelera mais rápido na região leste.
Até a última terça, Ribeirão já tinha notificado 15.497 casos de dengue ao Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde. No sistema de divulgação da prefeitura, a cidade aparece com 15.014 casos.
A diferença, segundo Silva, ocorre porque a digitação dos casos está atrasada em razão do excesso de trabalho. "O volume está muito grande, então está um pouco atrasado", disse.
Sobre a migração da transmissão da doença para outras regiões, Silva afirmou que a circulação do vírus é a principal causa. Nos primeiros meses de 2010, as regiões leste e sul foram as que mais sofreram com os casos de dengue.
Bairros como Parque Ribeirão Preto e Vila Virgínia estavam entre os campeões de proliferação da doença.
Agora, as regiões norte e oeste têm confirmado os registros em velocidade maior. Nos bairros da zona norte, a média de casos semanais de dengue saltou de 80 para cerca de 400 em abril. No Simioni, por exemplo, os casos de dengue passaram de nove em janeiro para 108 em abril -são 231 no total.
Na região oeste o número dobrou de 50 casos por semana, em média, para cem. Em um dos bairros com mais doentes, o Jardim Piratininga, com 493 casos, foram 178 confirmações em abril, ante 17 em janeiro.
A chefe da vigilância afirma que, além da circulação do vírus, há outra explicação para essa mudança no perfil de transmissão na cidade. Segundo ela, o quadro atípico foi o que ocorreu no início do ano, com a "explosão" da epidemia em alguns bairros de Ribeirão Preto, principalmente nas zonas sul e leste.
Em anos anteriores, o boom ocorreu entre março e abril, o que se repetiu nos bairros das regiões norte e oeste na epidemia atual da doença.

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