O Ministério Público de Ribeirão Preto investiga a participação do empresário Marcos Antônio Zuliani, de Catanduva, no esquema de fraudes em licitações na prefeitura de Bebedouro. De acordo com investigações, um grupo de empresários e funcionários públicos se uniram para fraudar licitações de obras públicas. Zuliani nega a participação e diz que foi o maior prejudicado.
“Eu fiz uma obra no valor de R$ 120 mil, 20% abaixo do preço de mercado ainda, e só recebi metade desse valor. Além de não receber, ainda sou acusado de fazer parte desse mundo de bandidos. Eu não tenho nada a ver com o caso em Bebedouro”, fala.
Em nota, o MP afirma que. no final de 2009, a LMA Construtora Ltda., de Catanduva, iniciou a execução de obra de pavimentação asfáltica de rotatória do lago artificial antes mesmo de se firmar o contrato, tendo de conseguir que duas firmas lhe dessem cobertura na licitação. Depois, para retribuir o favor, a mesma empresa foi chamada por um representante da prefeitura para que desse cobertura em outra licitação, fornecendo proposta com valor maior, previamente combinado.
“Eu assinei um contrato único com a prefeitura de Bebedouro. A obra terminou há 60 dias e eu não recebi. Foi isso que eu falei para o promotor, e ele me liberou”, conta o empresário, que teve a prisão temporária decretada na semana passada.
De acordo com o delegado José Eduardo Vasconcelos, da Seccional de Bebedouro, as investigações continuam e, até agora, foram cumpridos 18 mandatos de prisão e 15 mandatos de prisão temporária. “Não iremos divulgar nomes, isso cabe ao promotor do Ministério Público. Já temos algumas pessoas indiciadas e apenas uma confessou participação”, explica. Nesta quarta-feira, às 10h, o promotor do Gaeco de Ribeirão Preto, Leonardo Leonel Romanelli, fará uma coletiva de imprensa para explicar o caso.
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