quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ficha limpa não é prioridade para o governo federal

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quarta-feira que o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de político condenados por órgãos colegiados da Justiça, não é prioridade para o governo neste momento. O texto-base da proposta foi aprovado na semana passada e os destaques finalizados na terça.
De acordo com o peemedebista, a intenção do governo é aprovar os quatro projetos do pré-sal primeiro. Eles estão em regime de urgência e trancam a pauta do Senado. Além disso, quatro medidas provisórias pedem preferência. Porém, a oposição entrou em obstrução na segunda-feira na tentativa de forçar o Executivo a retirar a prioridade das matérias. Jucá disse que o governo quer aprovar o ficha limpa, mas deseja "mais tempo" para discutir as implicações da proposta. "A prioridade do governo é o pré-sal", afirmou Jucá. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que o projeto ficha limpa poderá tramitar no Senado em regime de urgência.
(clipagem)

2 comentários:

  1. A ficha é suja

    Resisto a apoiar a tal Ficha Limpa e discretamente comemoro sua formatação definitiva, que a encaminha para o limbo jurídico. Ela proporcionaria um recrudescimento da já alarmante putrefação institucional do Judiciário.
    Qualquer juiz obscuro, das menores e mais remotas comarcas, poderia destruir projetos políticos legítimos. Lideranças regionais seriam perseguidas e arruinadas. Basta contrariar os interesses do empresariado, da mídia, das boas famílias ou, afinal, dos próprios “doutores” togados, e sua vida virará um inferno.
    Dêem-me cinqüenta mangos e lhes devolvo uma boa condenação por corrupção de menor, assédio moral, irregularidades trabalhistas diversas, etc. A exigência do colegiado apenas encarece o esquema; e, pior, o generaliza.
    Uma reforma política de verdade suplantaria todos esses arremedos moralistas. Mas, sendo impossível aprová-la sem uma Assembléia exclusiva, os benfeitores do Congresso agradam o distinto eleitor com paliativos e indignações entorpecentes.

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  2. Caro Guilherme,

    Agradeço sua visita. Mas penso que gente com ficha criminal não deve sequer se aproximar de dinheiro público. As outras questões são outras.

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