O Ministério Público recebeu novas denúncias da atual administração de Sarapuí. Nos documentos entregues, há supostas irregularidades na contratação de empresas e serviços. De acordo com o promotor, se confirmados os fatos, o prefeito afastado, César Dinamarco Corsi, pode até ser irá pra cadeia.
Pelo que consta nos empenhos da Prefeitura, quase R$ 70 mil foram gastos para reformar a sede do CRAS, Centro de Referência e Assistência Social. De fato, o piso foi trocado. Mas, as janelas continuam enferrujadas, os vidros quebrados e as paredes rebocadas, sem pintura.
Pelos registros, ainda foram gastos R$ 20 mil para plantar grama no aterro sanitário O serviço, aparentemente, não foi feito. O que há são catadores, sem luvas, sem máscaras e sem qualquer tipo de proteção. Os documentos mostram que somente este ano, R$ 30 mil foram pagos para uma empresa coletar o lixo da cidade. O que seria desnecessário na opinião do atual chefe de gabinete Sebastião Vieira Cassiano Filho.
A empresa que recebeu dinheiro para coletar o lixo é a Forja Segurança, de Maik Nelson de Camargo. Mas, pelo Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, ela deveria atuar no ramo de comércio varejista.
O prefeito cassado César Dinamarco Corsi é acusado de improbidade administrativa. Todas essas denúncias mostradas foram apresentadas pelo novo prefeito, Ari Vieira da Silva, à promotoria criminal de Itapetininga depois que Dinamarco deixou o cargo. A justiça ainda vai analisar as provas, mas existe até a possibilidade dele ser preso.
De janeiro a abril deste ano, quase R$ 160 mil foram pagos para uma empresa que deveria ter realizado serviços gerais no município, como plantio de grama e limpeza das ruas. A Forseg Portaria Limitada, que recebeu a quantia, porém deve prestar apenas serviços de apoio a edifícios, segundo a Receita Federal.
A atual administração não encontrou nenhuma licitação ganha pela empresa, já que o valor repassado foi muito acima dos oito mil reais permitidos por lei, para que não haja processo licitatório.
A equipe do Tem Notícias procurou mais uma vez o prefeito cassado, César Dinamarco Corsi, na casa e na empresa dele. Ele não estava. Foi encontrado apenas o cavalo de aço inox, de R$ 15 mil, pago com o dinheiro da Prefeitura, e que deveria estar no gabinete do prefeito.
Depois que a reportagem foi feita, duas pessoas foram até a sede da TV Tem de Itapetininga. Uma delas se identificou como Fábio, irmão de Maik Nelson de Camargo, o dono da Forja Segurança. Foi gravada toda a conversa por um telefone celular.
Fábio de Camargo e o outro funcionário da empresa, Lede de Campos Corrêa, foram ouvidos pela Polícia Civil de Itapetininga na manhã desta sexta-feira. Eles negaram ter feito qualquer tipo de pressão para que a TV TEM exibisse a reportagem. Lede, que trabalha na penitenciária de Itapetininga, já tem passagem por tráfico de drogas e receptação.
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