quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ministério Público pede interdição da cadeia feminina de Paulo de Faria

TV Tem
O Ministério Público pede o fechamento da cadeia feminina de Paulo de Faria. O prédio tem estrutura precária e está superlotado. Os mesmos motivos já levaram a interdição de outras quatro cadeias e as que estão funcionando não tem condições de abrigar a todos os presos.
Com capacidade para 48 presas a cadeia Paulo de Faria abriga mais que o dobro de detentas: 93. O prédio que fica junto com a delegacia não tem estrutura para manter esta quantidade de mulheres. Uma vistoria feita pelo Ministério Público constatou várias irregularidades.
A única coisa que separa as presas da rua é este muro com pouco de mais um metro e meio de altura. A cadeia não tem cerca elétrica, nem alarme. As instalações da rede de energia são precárias e as infiltrações estão por toda parte, nas 11 celas.
Problemas que levaram o Ministério Público pedir o fechamento da cadeia, a única feminina da região. O promotor quer também que o local seja reformado e só depois volte a receber detentas.
Além dos presídios, a região de Rio Preto tinha seis cadeias para homens e mulheres. Nos últimos anos, quatro foram desativadas. Agora são apenas duas: a de Monte Aprazível e a de Paulo de Faria. Como o numero de vagas é insuficiente, o resultado: celas lotadas e prédios assim, sem estrutura.
Problemas no prédio e falta de espaço físico também motivaram o Ministério Público a pedir a desativação da cadeia feminina de Tanabi. O local foi fechado no mês passado.
Sem local para encaminhar as detentas da região, a Delegacia de Investigações Gerais de Rio Preto acabou se tornando uma cadeia feminina improvisada.
O fechamento das cadeias em pequenas cidades é uma política que vem sendo adotada nos últimos anos pelo governo estadual, diz a secretaria de segurança pública. A proposta é manter as presas somente em penitenciárias.
O problema é as unidades prisionais também estão superlotadas. Tanto as femininas como as masculinas. O CDP, Centro de Detenção Provisória, por exemplo tem capacidade para 768 presos, mas abriga atualmente 1.630. Numa cela para 12 pessoas, estão 30.

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