Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais. Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O preço cobrado no principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes sobe de R$ 17,80 para R$ 18,50. Ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70. As rodovias estaduais ocupam as dez primeiras posições entre as melhores do País, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes. E são aprovadas por 93,6% dos usuários, de acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Mas segundo estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) em 2007, o pedágio estadual é um dos mais caros do mundo, superando autoestradas da Europa e dos EUA. As tarifas levaram à criação do Movimento Estadual Contra os Pedágios Abusivos, por grupos que se sentem prejudicados.
(de O Estado de S.Paulo)
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