terça-feira, 21 de setembro de 2010

O esquema milionário que atuava em fraudes de licitação tem foragidos

A operação que desmantelou o esquema milionário que atuava em fraudes de licitação está atrás de dois foragidos que operavam na quadrilha que arrecadou ao menos R$ 600 milhões dos cofres públicos. Oito pessoas foram presas pelo Gaeco na última sexta-feira, entre eles o chefe do esquema que morava em São Paulo identificado como José Carlos Cepera. Ele é proprietário de seis empresas entre elas Lotus Serviços Técnicos, Pluriserv Serviços Técnincos e Infratec Segurança e Vigilância. Atualmente as empresas estão em nome de laranjas. De acordo com o Ministério Público, elas venceram inúmeras licitações municipais e estaduais nos últimos anos. Entre os municípios do Estado que tem contratos com as empresas além da capital, Campinas, Indaiatuba, Hortolândia, Peruíbe, Guarulhos, Jundiaí, Arujá, Itapetininga, Taubaté e Araraquara. Existe as contratações públicas com a Sanasa, Defensoria Pública da União, Sabesp, CET, Companhia Paulista de Obras e Serviços, Departamento de Perícias Médicas do Estado SP, Imprensa Oficial, Prodesp, DAE de Jundiaí, Secretaria de Educação do Estado do Tocantins, Tribunal de Justiça de SP e MP do Estado.
A quadrilha fazia as fraudes através da corrupção dos agentes públicos responsáveis pela licitação ou através do ajuste com empresas concorrentes, sempre através da entrega de vantagens financeiras. Dois empresários de Campinas, Maurício de Paulo Manduca e Emerson Geraldo de Oliveira, eram os responsáveis por articular as fraudes com políticos e funcionários públicos dessas prefeituras. Os foragidos identificados como Natanael Cruvinel de Souza e José Luís Cortizas Pena cumpriam o papel de gerente e diretor dessas empresas.
Eles eram responsáveis pela participação nos atos presenciais das licitações, sempre prestando contas ao líder, Cepera. A operação que deteve os acusados deveria acontecer esta semana, porém, o MP identificou que houve vazamento de que ocorreria. O MP está investigando quem teria vazado relatórios da PF que falava sobre o assunto. Cepera e um dos lobistas de Campinas foram presos em um hotel em Atibaia. Eles foram avisados da operação e estavam no hotel montando um plano para se livrarem das provas quando foram presos.

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