É impressionante como nada, nenhuma ação dos governos, quaisquer que eles sejam, é estrutural. Todas as medidas são tomadas para que as coisas fiquem como estão, privilegiando a eterna elite. A questão de ordem do dia é o cultivo da cana-de-açúcar para o etanol, menina dos olhos, neste momento, do incorruptível presidente Lula. Em São Paulo, não existe mais um milímetro de terra a ser plantado. Mas projetos de 45 usinas estão em Brasília para serem aprovados. Todas (todas!) essas usinas para serem instaladas em terras paulistas. Claro que para suprir tanta usina será preciso plantar mais cana. E aí, adeus! Poderemos dar adeus ao cultivo, por exemplo, de frutas (cultivo forte na região da araraquarense). Tudo vai dar lugar para a cana.
Então, para a coisa ficar ainda pior, me deparo, ontem à noite, com a seguinte notícia: ruralistas, indústrias, o agronegócio enfim, estão discutindo as mudanças no Código Florestal. A idéia dos insaciáveis é permitir que áreas desmatadas em vários biomas brasileiros, como a Mata Atlântica, possam ser usadas sem maiores entraves para monoculturas como a cana-de-açúcar. Já podemos começar a dizer, em definitivo, bye bye a qualquer projeto de biodiversidade.
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