quarta-feira, 11 de junho de 2008
Será que todas nós, mulheres, somos assim?
Durante a entrevista concedida ontem ao jornal Correio do Povo/Rede Record, a governadora Yeda Crusius (PSDB) disse que, se fosse homem, responderia com “um soco na cara” às afirmações e insinuações feitas por alguns deputados a respeito da sua nova casa, comprada entre a eleição e a posse, em condições que ela se recusa a explicar em detalhes. “Mas eu faço diferente, eles sabem”, revelou a governadora, para alívio dos jornalistas homens que a entrevistavam no momento. Ela disse que não se vê vítima de preconceito, “mas sim de conceito”. “Não posso mudar o fato de ser mulher. Mulher na política é uma coisa complicada. Eles falam com voz grossa e, quando a gente fala, parece conselho de mãe. Hum, hum, o governo não tem mamãe, não”, completou a governadora Yeda, que há dois dias disse – sem que muitos entendessem o real significado – que havia nascido mulher e fora “criada como mulher”. Mais adiante, ainda na mesma entrevista, a governadora proferiu o seguinte enigma: “Eles falam grosso, é o jeito deles. E no mundo dos homens fazem [sic] reuniões em hotéis. Eu não posso ir a hotéis.” Ninguém entendeu patavina.
Leia mais textos de Cristovão Feil no blog Dirário Gauche.
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