Três policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e um policial militar de São Paulo são acusados de montar um esquema para achacar comerciantes do ramo de suplementos alimentares em Santos, no litoral paulista, e em cidades no interior. Para não ser descoberto, o grupo teria adotado uma estratégia inusitada: terceirizou o recolhimento da propina. Os quatro policiais e dois informantes, presos em flagrante na noite de anteontem após receberem dinheiro de uma vítima, foram indiciados por extorsão de dinheiro e formação de quadrilha.
O delegado Paulo Fleury, que até o mês passado comandava a 2ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) do Denarc, também é investigado. No carro usado pelos informantes Anderson Marques e Antonio Carlos Couto, foi encontrada uma pasta com o distintivo da Polícia Civil contendo duas ordens de serviço supostamente assinadas pelo delegado, além de endereços de lojas de suplementos alimentares em Santos e Campinas.
O promotor Cássio Roberto Conserino, do núcleo de Santos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), questiona o que os informantes faziam com documentos internos da polícia. Conserino deve ingressar hoje na Justiça com pedido de prisão dos carcereiros Edilson Aparecido Queiroz, Glauco Robson Alves Barbosa, do agente Uanderson Pereira da Silva e do PM Fábio José Ascenso, além dos dois informantes já detidos. O promotor pretende aprofundar as investigações antes de tomar qualquer providência em relação ao delegado. No ano passado, Fleury foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão por desviar produtos falsificados da Delegacia de Repressão à Pirataria do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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