quinta-feira, 28 de maio de 2009

Prisões no estado de São Paulo até 184% acima do limite

As 146 unidades prisionais do Estado têm, juntas, capacidade real para 95.991 presos, mas abrigavam, até segunda-feira, 148.657, ou seja, estão 55% acima do limite. A situação é mais crítica nos Centros de Detenção Provisória (CDPs), principalmente na capital e Grande SP. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) havia tirado de seu site, no final de 2006, os dados das prisões, mas voltou a disponibilizá-los. As cadeias estão superlotadas nas cinco coordenadorias de unidades prisionais do Estado (veja quadro ao lado). Na da capital e da Grande São Paulo, o número de vagas nas prisões masculinas é de 17.642. Porém, na segunda-feira, elas tinham 36.852 detentos, 108% além da capacidade real. Na da região central há 15.580 vagas masculinas, mas o número de presidiários é de 26.684 (71% a mais).Na coordenadoria do Vale do Paraíba e litoral, o déficit é de 57,5%. São 10.483 vagas para homens. As unidades, no entanto, abrigam 16.507 detentos. Na coordenadoria da região Noroeste, a defasagem é de 47,2%. A capacidade real é de 19.614 presidiários, mas a população carcerária é de 28.877. Na coordenadoria da região oeste, as prisões masculinas têm 25.120 vagas e recolhem 31.691presos, 26,2% a mais. O quadro é mais grave nos centros de detenção. No CDP 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital, cuja capacidade é de 512 detentos, estão recolhidos 1.457 presos, 184,5% a mais.As mulheres também enfrentam o drama da superlotação. Na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), no Carandiru, zona norte, 830 presas convivem num espaço reservado para 251 vagas. A defasagem é expressiva: 230%.Na vizinha Penitenciária Feminina de Sant’Ana estão recolhidas 2.697 mulheres. São 2.400 vagas. O déficit é de 12,4%. Já a Penitenciária de Campinas deveria abrigar 528 mulheres. Na unidade estão recolhidas 953 presidiárias, 80,5% acima da capacidade real de vagas. Em todos os casos citados não foram computadas as prováveis inclusões ou exclusões de presos, chamadas de ordens pendentes. ( do Estadão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário