quinta-feira, 25 de junho de 2009
Cartel pode ter financiado políticos em SP
Além da suspeita de formação de cartel para fraudar licitações, já investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE), a merenda escolar terceirizada da capital pode ter sustentado esquema de corrupção que envolve financiamento ilegal de campanha política e pagamento mensal de propina a fiscais e autoridades. É o que apura o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira, a partir do depoimento de uma testemunha cuja identidade está sob sigilo.Grella investiga todos os contratos firmados desde 2001 pelas gestões Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM).Outras testemunhas estão sendo convocadas para depor em busca de mais detalhes que possam confirmar a denúncia, mas ainda faltam provas documentais. O MPE não quis se manifestar alegando que isso poderia prejudicar a investigação.A testemunha ouvida acusou cinco empresas de terem se reunido para formar um cartel e procurado um político em 2001 e oferecido R$ 1 milhão para sua campanha, além de pagamentos mensais a um integrante da Secretaria Municipal do Abastecimento.A testemunha afirmou que fiscais responsáveis pelo contrato fechavam os olhos a irregularidades mediante o recebimentos de propina, que corresponderiam a 10% sobre o valor dos contratos. Ela disse ainda que os pagamentos continuaram e que na campanha eleitoral de 2006 foram entregues pelas empresas supostamente envolvidas seis parcelas de R$ 800 mil (R$ 4,8 milhões) para um candidato a deputado federal. Ela apontou nove empresas suspeitas que aturariam em nove cidades - São Paulo, Limeira, Cotia, Taubaté, Hortolândia, Itupeva, Itapevi, Mauá e Mairinque. (Jornal da Tarde - Agencia Estado).
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