quarta-feira, 5 de agosto de 2009
2 anos de atraso e 177% mais caras as obras da Assemléia Legislativa
Com dois anos e meio de atraso e um custo 177% acima do previsto inicialmente, a polêmica obra do anexo de gabinetes da Assembleia Legislativa deverá, finalmente, ser concluída este mês. Após duas gestões no comando da Casa - Rodrigo Garcia (DEM), o ‘pai do anexo’, e Vaz de Lima (PSDB) -, o prédio de 13 mil metros quadrados recebe aos poucos as mudanças para os 54 novos gabinetes.Alvo de escândalo, o valor da obra subiu de R$ 10,4 milhões para R$ 28,8 milhões, em consequência de sucessivos aditamentos contratuais e alterações no projeto básico, que estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público Estadual. O TCE, aliás, já julgou irregular um dos aditivos.O “esqueleto de concreto” que até o início do ano era fechado ao público agora já abriga alguns poucos gabinetes, apesar da falta da rede de cabeamento para computadores. “Desde 17 (de julho) não sei o que é e-mail”, diz o chefe de gabinete do deputado Celino Cardoso (PSDB), Albino Cassiolatto, um dos primeiros a se mudar para o anexo. Apesar de essencial, o serviço só foi contratado em junho pelo atual presidente Barros Munhoz (PSDB).Com a inauguração do anexo - ainda se discute se haverá ou não uma outra cerimônia, já que Garcia inaugurou o prédio inacabado em março de 2007 -, os gabinetes do edifício principal começarão a ser ampliados. O custo disso ainda não foi divulgado. Ao todo, são 94 deputados, mas há gabinetes extras para integrantes da Mesa Diretora e ex-presidentes.“Nos antigos gabinetes, pelo tamanho, não dava para abrigar esse exército de assessores. Vamos ver se agora, com salas mais espaçosas, podemos ver todos eles trabalhando em benefício da Assembleia e da população”, diz a conselheira do Movimento Voto Consciente, Rosângela Giembinsky.
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