sábado, 8 de agosto de 2009

Justiça bloqueia conta atribuída a irmão do presidente do Metrô de SP

A Justiça de SP determinou o bloqueio de uma conta na Suíça atribuída a Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô, José Jorge Fagali, por indícios de que ela teria recebido recursos ilegais da empresa Alstom. A Alstom é investigada no Brasil e na Suíça por suspeita de pagamento de propina para fechar negócios com políticos do PSDB.A mesma decisão bloqueia uma conta também na Suíça atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo.A conta que seria de Fagali Neto recebeu depósitos em dólares e euros correspondentes a aproximadamente R$ 20 milhões até setembro de 2003. De acordo com os promotores suíços, o saldo atual desta conta corresponde a R$ 13,7 milhões.Fagali Neto foi diretor financeiro do Metrô de São Paulo em 1993 e secretário de Transportes em 1994, durante o governo de Fleury Filho. Foi na gestão do ministro Paulo Renato na pasta de Educação, entre 2000 e 2003, que Fagali Neto esteve pela última vez em um cargo público.Em outubro de 2003, um mês depois de a conta atribuída a Fagali Neto ter recebido recursos da Alstom, Geraldo Alckmin, que governava o Estado na época, assinou contrato para a construção da linha 4-Amarela, um negócio de R$ 1,8 bilhão. A Alstom é uma das empresas que compõem o consórcio responsável pela linha.
Outro lado
O advogado de Fagali Neto, Belisário dos Santos Jr., diz não saber se seu cliente tem contas na Suíça. O presidente do Metrô disse que não se pronunciará pois desconhece o caso.Robson Marinho nega a existência de contas em seu nome no exterior.A Alstom informa que não comentará o bloqueio das contas bancárias porque o caso corre sob segredo de Justiça. (Folha Online)

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