sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lixo de Araraquara irá para Guatapará

As 140 toneladas de lixo doméstico produzidas diariamente por Araraquara começam a ser destinadas ao aterro sanitário de Guatapará, localizado a 54,4 quilômetros de distância da cidade. O fato foi confirmado pelo Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae). Em nota, o Daae explicou que “o lixo segue para Guatapará a partir de 16 de outubro e com isso o início das atividades de fechamento é imediato”. A empresa Leão Leão, vencedora da licitação no valor de R$ 257 mil, mensais, executa o cercamento e implantação de sistema de drenagem superficial para o escoamento do chorume – líquido tóxico e oriundo da decomposição do lixo - na área que será utilizada provisoriamente para as atividades de transbordo. O local foi aprovado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) enquanto a estação de transbordo não é concluída pela vencedora da licitação. A previsão do Daae é que a Leão Leão conclua a construção dessa estação até a primeira quinzena de dezembro. Saturado, o aterro municipal de Araraquara ocupa 15 metros de altura e outros 15 metros de profundidade. O prazo foi acordado entre a Prefeitura e o Ministério Público do Meio Ambiente, após passar por vários adiamentos em virtude de problemas enfrentados pela Administração Municipal durante o processo de licitação para escolha da empresa que ficaria responsável pelo transporte e destinação final dos detritos. O Daae prevê investimento de R$ 500 mil no fechamento do atual aterro. Os recursos serão destinados à implantação de uma série de dispositivos, como o de drenagem do chorume, além de cobrir toda a área com argila de baixa permeabilidade e plantio de grama. Com o encerramento do aterro sanitário, o Daae ainda terá que dispensar R$ 100 mil, por ano, para realizar o monitoramento da área, que contempla o controle de emissão de gases sanitários – oriundos da decomposição orgânica do lixo – e o encaminhamento do chorume para estação de tratamento de esgotos.A situação de Araraquara não difere da vivenciada por outras cidades da região. Em São Carlos, Matão e Rio Claro, a gestão dos aterros sanitários foram terceirizadas. Somente em São Carlos, foram dispensados mais de R$ 170 milhões num contrato de 20 anos, que visa a reduzir para 20% até 2016 o lixo enviado para o aterro. Mas, com o fechamento do aterro, Araraquara ainda tem um dilema a resolver: o que fazer com o lixo da cidade após a conclusão do contrato com a empresa Leão Leão, firmado em 30 meses. Apesar de ter uma área para instalar um futuro aterro, a Prefeitura ainda não decidiu qual será a destinação do lixo da cidade, futuramente.

Um comentário:

  1. Vi um projeto que estão desenvolvendo em Araraquara onde estão neutralizando todo o lixo orgânico e transformando-o através de processos físico-químicos em matéria prima destinada à construção civil, estão em fase conclusiva salvo engano.

    Ora gente, isto é extraordinário caso se concretize o projeto, estão pegando lixo orgânico e fazendo blocos pra construção !!!

    Tomara q de td certo.

    Abçs.

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