A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Limeira que investigou a contratação irregular de Roni Everson Muraoka arquivou a investigação provocada por reportagem feita pelo Jornal de Limeira de que ele era fantasma e que não cumpria jornada de trabalho na prefeitura. O relatório final foi apresentado ontem à tarde.Além de Roni, os funcionários comissionados Ailton Nunes dos Santos, Elvécio Rui Lazari e Daniel de Almeida também estavam sendo investigados pela Câmara de Limeira.Composta pelos vereadores Sílvio Brito (PDT) - presidente da comissão -, Nilce Segalla - relatora -, Elza Tank (ambas do PTB), Miguel Lombardi (PR) e Paulo Hadich (PSB), a maioria aprovou o relatório da vereadora Nilce, que pediu pelo arquivamento do caso e rejeitou um relatório à parte feito por Hadich, que pedia que o fato fosse levado adiante com mais investigações.De acordo com o documento elaborado pela relatora da comissão - e que recebeu votos favoráveis também de Elza e Brito -, o vídeo produzido por Roni Everson trouxe benefícios para a cidade - como a criação de empregos, aumento da arrecadação, além de levar o nome da cidade positivamente para todo o País. A versão do vídeo foi sustentada pelo governo e aliados.
Segundo o relatório, a comissão entendeu que as contratações, por meio de nomeações de cargos, foram financeiramente mais vantajosas do que a abertura de licitação para que uma empresa produzisse o vídeo institucional. "Proporciona à administração pública maior possibilidade de controle e gerenciamento das atividades", escreveu Nilce.Sobre o trabalho feito por Roni, o texto da vereadora aponta que os serviços foram comprovados, pois o funcionário apresentou os DVDs do "vídeo institucional de Limeira" e do "Viola de Todos os Cantos".A comissão afirmou que, em relação à carga horária de trabalho, os acusados efetivamente prestaram os serviços correspondentes. "O vídeo institucional produzido pelos nomeados em apenas três meses já seria suficiente, por si só, para representar uma enorme carga de trabalho", alega o relatório.Ainda de acordo com o relatório, a nomeação dos servidores não trouxe prejuízo à administração municipal.Pelos fatos apurados pela CPI, o relatório da vereadora Nilce concluiu que os acusados compareceram e efetuaram os trabalhos designados. Além disso, a comissão acredita de não houve "emprego dado como troca de favores".
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