domingo, 30 de maio de 2010

Em Rio Preto, exame revela contaminação de três fontes em bairros

Técnico do Labcentro exibe amostras de água coletada na bica do Pinheirinho, no Solo Sagrado, zona norte de Rio Preto A água fornecida pelo Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) na bica da praça do Pinheirinho, no Solo Sagrado, zona norte de Rio Preto, está contaminada com coliformes totais, que podem causar problemas gastrointestinais. A conclusão é de análise feita a pedido do Diário pelo laboratório Labcentro, de Votuporanga. Outros dois poços particulares também estão contaminados, segundo a análise. A mesma água da bica da praça do Pinheirinho abastece 10% do volume do reservatório de distribuição para todo o Solo Sagrado e Eldorado, além de parte do Maria Lúcia. Somados, os três bairros têm 49,4 mil moradores, de acordo com a Secretaria de Planejamento de Rio Preto.
O Semae nega a possibilidade de contaminação da água da rede. Neste ano, a autarquia constatou contaminação por coliformes totais na bica do bairro Costa do Sol, zona norte, mas a assessoria não informou a data da coleta nem quais bairros são atendidos pelo poço do local. A fiscalização das bicas particulares é de responsabilidade da Vigilância Sanitário Municipal. Os coliformes totais englobam cerca de 20 bactérias do aparelho gastrointestinal e também decorrentes da decomposição de matéria orgânica. Embora menos grave do que os coliformes fecais, presentes nas fezes, a presença de coliformes totais na água indica a existência de micro-organismos causadores de doenças gastrointestinais, como diarreia, febre tifoide, cólera, leptospirose e hepatite.
“As chances de o coliforme total trazer esses patógenos são consideráveis”, afirma o médico sanitarista da Unesp Carlos Macharelli. A Secretaria de Saúde de Rio Preto não informou o número de atendimentos por problemas gastrointestinais na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Solo Sagrado. Para José Luiz Negrão Mucci, do departamento de saúde ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, os coliformes são indicativos de falhas no tratamento da água, uma vez que o cloro, em dosagens corretas, eliminaria esses micro-organismos. A análise constatou ausência de cloro na amostra coletada no Pinheirinho.

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