sábado, 15 de maio de 2010

Prefeito de Bebedouro exonera Ginetti da comissão de licitação

O ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos de Americana, Gelson Ginetti, foi exonerado da presidência da Comissão de Licitação da Prefeitura de Bebedouro. Ele ocupava o cargo desde novembro do ano passado e foi tirado da função pelo prefeito da cidade, João Batista Bianchini (PV). A exoneração ocorreu na segunda-feira e foi divulgada anteontem pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Bebedouro.
A saída de Ginetti ocorre depois de ele ter sido preso, na quinta-feira da semana passada, acusado de fraude em licitações públicas daquele município com outros três agentes públicos. As prisões aconteceram através da operação "Cartas Marcadas", desencadeada pelo Ministério Público Estadual, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Polícia Civil de Bebedouro. Os envolvidos foram soltos na segunda-feira.
A informação da assessoria de imprensa da Prefeitura de Bebedouro é que Ginetti permanece no cargo de diretor de Planejamento da Prefeitura, mas não é descartada a possibilidade de o prefeito anunciar uma reforma administrativa nos próximos dias.
A portaria publicada esta semana pelo prefeito estabelece como novo presidente da comissão o diretor da Central de Alimentação da Prefeitura, Antonio José da Silva, que acumulará o cargo.
Desde que saiu da prisão, Ginetti está em Americana. Ele está licenciado pelo período de dez dias. Em entrevista ao LIBERAL, anteontem, o ex-secretário disse que já esperava ser afastado da Comissão de Licitação, já que o setor está sob investigação. No entanto, ele manifestou interesse de manter o cargo no Departamento de Planejamento. Ele alega inocência em relação a todas as acusações.

Segundo as investigações, empresas das áreas de construção civil, máquinas e equipamentos e comunicação, sediadas em Bebedouro e Catanduva, teriam formado um esquema com os agentes públicos para serem privilegiadas nas concorrências públicas, nas quais se revezavam como vencedoras. De acordo com o Ministério Público, escutas telefônicas comprovaram o esquema.

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