quinta-feira, 13 de maio de 2010

Rio Preto registra 11.379 casos de dengue

A Secretaria de Saúde de Rio Preto divulgou ontem a confirmação de 1.121 casos novos casos de dengue na cidade. Oficialmente, já são 11.379 pacientes que contraíram a doença neste ano. Desses, 53 casos são de febre hemorrágica e 96 de dengue com complicação. No total, dez pessoas morreram em Rio Preto neste ano devido à epidemia detectada no início de fevereiro.
A Vigilância Epidemiológica do município também investiga mais uma morte suspeita. Na madrugada de ontem, o metalúrgico Atílio Chiareli Neto, 49 anos, morreu no Hospital de Base com suspeita de dengue, gripe suína ou meningite. Amostras de secreção nasal e vísceras foram colhidas e estão sendo analisadas no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Os resultados ficarão prontos nos próximos 15 dias.
Muito abalada, a família do metalúrgico, que morava no Parque Celeste, não quis se pronunciar. Sem se identificar, uma vizinha afirmou que ele começou a sentir uma forte febre na última segunda-feira. Procurou o Pronto-Socorro Central, foi medicado e voltou para casa. Ontem, passou mal e foi novamente até a unidade. Em razão da gravidade do quadro, o metalúrgico foi encaminhado para o Hospital de Base por volta das 0h30 e morreu cinco horas depois, em decorrência de insuficiência respiratória aguda. O enterro está marcado para hoje, às 8h, no cemitério da Ressurreição.
Em Rio Preto, a região de abrangência da unidade de saúde do Parque Industrial é a campeã de casos de dengue em 2010, com 1.533. Em seguida, aparecem Jaguaré (1.025), Estoril (805), Cristo Rei (747), Maria Lúcia (717) e Central (704). O Diário telefonou para o secretário Maniglia na tarde de ontem. Ele alegou que participava de uma reunião e não poderia atender a reportagem.
Medidas
O coordenador da Vigilância Epidemiológica de Rio Preto, Luciano Garcia Lourenção, não soube informar ontem quantas amostras foram colhidas dos 2,9 mil casos suspeitos. O prazo para a confirmação ou descarte do caso é de 60 dias a partir da notificação, segundo regra do ministério. Do contrário, o caso é positivado automaticamente. “Se não foram colhidos no prazo, os casos serão considerados positivos.”
Lourenção afirma que 900 pessoas realizam diariamente bloqueios mecânico (retirada de criadouros) e químico (nebulização), além da retirada de entulho. “O trabalho continua da mesma forma. A tendência é que, a partir de agora, os casos diminuam. O mosquito Aedes aegypti (o transmissor da dengue) não gosta de frio.”
Apesar do número oficial, os casos de dengue no município já ultrapassam os 15 mil. De acordo com o secretário José Victor Maniglia, 60% dos casos em investigação, hoje 6.111, são positivos, o que corresponde a 3.666. Eles não estão contabilizados porque os exames laboratoriais não foram realizados e a pasta não adota a confirmação por critério clínico, conforme orienta o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde.

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