Familiares de uma mulher que morreu na terça-feira (2) em Barrinha, na região de Ribeirão Preto, acusam o pronto socorro da cidade de negligência médica. Os parentes de Elisabete Rosângela de Oliveira Passos, de 40 anos, afirmam que o médico que a atendeu não conseguiu fazer o diagnóstico correto. Eles registram um boletim de ocorrência contra a unidade.
De acordo com a sobrinha da paciente, Ana Teresa do Nascimento, Elisabete tinha diabetes e no domingo (30) começou a sentir dores nas costas e no peito. Ela foi levada para a unidade de saúde, medicada e liberada em seguida. Ana Teresa diz que as dores persistiram e que Elisabete retornou ao pronto socorro na segunda (31) e na terça, quando acabou morrendo. A família ainda alega que aguardou a transferência de Elisabete para um hospital, mas não havia vagas. Segundo o atestado de óbito, a morte da paciente é indeterminada.
Como na maioria das cidades de pequeno e médio porte da região, em Barrinha não há serviço de verificação de óbitos. Amostras foram colhidas do corpo da paciente e encaminhadas para exames em São Paulo. Há três anos, os laudos eram feitos em Ribeirão Preto, mas uma resolução proibiu o Cemel (Centro de Medicina Legal) de emitir esses documentos porque a demanda regional era muito grande.
De acordo com o dirigente municipal de Saúde, Silmar Xavier de Oliveira, todos os procedimentos foram realizados, mas será aberto um processo administrativo para investigar se houve negligência no caso.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que negocia uma parceria com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para atender os casos de verificação de mortes das cidades da região, mas ainda não há prazo para o serviço começar a ser feito.
A Polícia Civil vai esperar o resultado dos exames para analisar se houve responsabilidade criminal.
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