terça-feira, 29 de junho de 2010

Fraudadores de concursos têm prisão preventiva decretada

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de 6 dos 12 principais alvos da Operação Tormenta – investigação da Polícia Federal sobre suposto esquema de
fraudes em concursos públicos e exame de registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A decisão foi tomada pelo juiz Herbert de Bruyn Júnior, da 3ª Vara
Federal de Santos. Há dezenas de candidatos inscritos em concursos fraudado para serem interrogados. A preventiva significa que os investigados deverão permanecer presos até o fim do processo. A PF interrogou os detidos, mas a maioria não quis falar.
A Operação Tormenta foi deflagrada no dia 16 de junho, quando a Polícia Federal cumpriu 34 mandados de busca e apreensão, dos quais 21 na Grande São Paulo, um no Rio de Janeiro, nove na Baixada Santista e três na região de Campinas, além de 12 mandados de prisão temporária. De acordo com a PF, o grupo atuava por meio de aliciamento de pessoas que tinham acesso ao caderno de questões, para conhecimento antecipado das provas. A quadrilha também atuava no repasse de respostas aos candidatos por meio de ponto eletrônico durante a realização do concurso e ainda indicava uma terceira pessoa mais preparada para fazer o concurso no lugar do candidato. Ainda de acordo com a PF, o grupo falsifica documentos e diplomas exigidos nos concursos quando o candidato não possuía a formação exigida.
Além do concurso da PF, o grupo teve acesso privilegiado às provas do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (2ª fase/2010) e do concurso da Receita Federal (auditor-fiscal/1994). Outros concursos como o da Abin e da Anac estão sob suspeita, diz a PF. A investigação, no entanto, é o que vai poder identificar se os candidatos conseguiram aprovação a partir do esquema.Foram identificados 53 candidatos que tiveram acesso à prova de agente federal, pelo menos 26 candidatos que tiveram acesso à prova da OAB e há indícios de que 41 candidatos tenham tido acesso à prova da Receita Federal. A quadrilha chegava a cobrar até US$ 50 mil de cada candidato que participasse da fraude no caso do concurso para agentes da PF.
Mesmo após a notícia do vazamento da prova da OAB, segundo a Polícia Federal, a organização criminosa se articulou para fraudar, sem sucesso, concursos da Caixa Econômica Federal, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do INSS – Perito Médico, da AGU – Advogado da União, da Santa Casa de Santos – Residência Médica, de Defensor Público da União e da Faculdade de Medicina de Ouro Preto. Foram constatados. Com informações da Agência Estado.

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