quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ministério Público investiga reforma no Teatro Municipal de Marília

Os motivos que levaram a paralisação das obras do Teatro Municipal de Marília e o valor gasto até agora estão sendo investigados pelo Ministério Público. O pedido partiu de uma ONG da cidade. Há mais de um ano o prédio foi fechado para reformas.
Por fora, sujeira, paredes pichadas. A impressão é de um prédio abandonado. Por dentro, poltronas fora do lugar, piso arrancado e uma escuridão total.
Tudo isso podia ser cenário de uma peça de terror, mas na verdade é a situação do teatro municipal de Marília. As cortinas foram fechadas em fevereiro do ano passado para reforma.
A empresa que ganhou a licitação já teria recebido da prefeitura 60% do valor da obra, só que até agora só o telhado foi trocado. Como deixou de cumprir todos os prazos de entrega, a empresa teve o contrato rescindido pela prefeitura.
A situação levou a Ong Marília Transparente a entrar com uma representação no Ministério Público Estadual. A Matra quer que a justiça apure onde foram parar os R$123 mil gastos pelos cofres públicos e por que as obras ainda não terminaram.

O roteiro da reforma prevê a construção de mais uma bilheteria, acessibilidade aos banheiros, melhorias no palco e troca da iluminação. Mas, as obras só devem ser retomadas em setembro. Tempo que a prefeitura precisa para abrir uma nova licitação.
O problema é que desde que o teatro fechou mais de cem apresentações artísticas foram canceladas. Na cidade não existe outro espaço que atenda as exigências das grandes peças teatrais.
Quem precisa do local, tem que alugar teatros de escolas particulares. É o caso do músico Luca Bernard. O grupo de jazz que ele faz parte costumava se apresentar 3 ou 4 vezes por ano no Teatro Municipal. Das últimas vezes teve que procurar outro local.
A própria secretaria de Cultura já teve que improvisar apresentações em outros lugares. Caso da Virada Cultural, por exemplo, mas a secretária não classifica os transtornos como uma tragédia grega. O promotor Isauro Pigozzi quer saber se houve medição da obra, se o serviço executado corresponde à medição e qual o valor pago à empresa.

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