sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ex-prefeito de Diadema, o tesoureiro da campanha de Dilma tem as contas reprovadas

O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff (PT) e ex-prefeito de Diadema por três gestões, José de Filippi Júnior (PT), teve as contas da administração desaprovadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo pela oitava vez consecutiva. Anteontem, a Segunda Câmara emitiu parecer desfavorável ao exercício financeiro de 2008 por vários apontamentos, entre eles, falta de investimento mínimo no ensino.
Para o TCE, o ex-prefeito, que também é candidato a deputado federal na eleição de 3 de outubro, não investiu os 25% na Educação, conforme prevê o artigo 212 da Constituição Federal. "As despesas com o ensino corresponderam a 23,29% da receita arrecadada, aplicados 91,94% dos recursos advindos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) no magistério", aponta o relatório assinado pelo conselheiro substituto Olavo Silva Júnior.
Ontem, por nota, a Prefeitura negou a ilegalidade. Porém, não explicou como aplicou o percentual mínimo exigido. A administração petista, hoje governada por Mário Reali (PT), informou ainda que, ao ser notificada oficialmente, entrará com "recurso ordinário" junto ao tribunal.
Filippi, que administra os recursos de cerca de R$ 157 milhões da campanha de Dilma no País, foi procurado ontem junto aos coordenadores de sua própria candidatura à Câmara Federal, mas não deu retorno ao Diário.
O tema Educação, aliás, foi o motivo principal dos oito anos de rejeição das contas públicas na gestão Filippi. A administração sempre justificou que o investimento foi em Educação Infantil - creches e pré-escola, um dos principais gargalos na cidade e alvo de ação civil pública do Ministério Público e sentença favorável da Justiça.
Do Diário do Grande ABC

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