sexta-feira, 2 de julho de 2010
Sem título
Sem que eu previsse, minha alma dominou meu corpo.
Tornei-me outra, dilui inteira como se a mínima partícula da matéria que sou tivesse se expandido. E o universo dissolveu-se como o açúcar na água.
Sobre um tapete mágico voei para um lugar onde existem apenas sonhos.
Ali não foi possível tatear o mundo, desconheci o significado das certezas,
a existência fluiu, suave e silenciosa como o cometa que traça um caminho cintilante de poeira cósmica.
Não tenho um título prá dizer o que é isso
que se repete, se repete e se repete.
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