Geraldo Vinholi (PSDB) foi último colocado em atuação parlamentar de uma lista de 86 deputados estaduais avaliados pelo Movimento Voto Consciente, ONG que fiscaliza o trabalho da Assembleia Legislativa paulista. Ele ficou com nota 2,09.
A avaliação adotou critérios como participação em comissões e plenário, leis importantes aprovadas, comunicação com os eleitores, fiscalização do Executivo e fidelidade ao mandato.
Roque Barbieri e Otoniel Lima (ambos do PTB), João Mellão Netto e Gílson de Souza (ambos do DEM) ocuparam as penúltimas colocações. Bruno Covas (PSDB), com nota 7.92, Roberto Morais (PPS) e Rui Falcão (PT) ficaram nas três primeiras colocações no ranking de atuação parlamentar.
"Os critérios que mais pesaram, na maior parte dos casos, foram a participação em comissões permanentes, muita baixa. Há várias comissões que praticamente não se reuniram em três anos", afirmou a vice-coordenadora do Voto Consciente, Rosângela Giembinsky. Apenas uma das comissões, de acordo com ela, a de Orçamento e Finanças, teve 111 reuniões no período de três anos. As de direitos humanos e de meio ambiente, por exemplo, só tiveram 28 encontros no mesmo período. "Será que não há temas importantes para discutir nessas áreas?"
A avaliação do Voto Consciente cobriu o período de março de 2007 até março deste ano. Não foram avaliados deputados com menos de três anos de mandato.
Vinholi questionou, por meio de nota oficial, a sua nota no levantamento. De acordo com o parlamentar, houve um prejuízo pelo fato de ele ter ficado no Executivo municipal, como secretário de Trabalho, por um período, inclusive no momento de nomeação das comissões.
"Neste ano de 2010, o deputado participa como membro efetivo da Comissão de Assuntos Internacionais e é vice-presidente da CPI da Pedofilia", diz a nota. "Quanto à participação em plenário, apesar dos motivos apresentados, Vinholi está com avaliação acima da média."
O deputado João Mellão Neto, que ficou na 83.ª colocação com nota 3,20, afirmou, por meio de sua assessoria, que discorda da avaliação da ONG. "Eles têm uma preocupação somente com a quantidade e não com a qualidade dos projetos", criticou. "Eu apresentei vários projetos excelentes, muito bem estudados, e aprovados por unanimidade mas não foram levados em consideração."
Chico Sardelli (PV), que ficou na 77.ª colocação, afirmou que não concorda com a avaliação, apesar de respeitá-la. "Meu trabalho é voltado para as comunidades, para a população. Eu me afasto da assembleia, das comissões, devido às visitas que faço nos municípios, 80 dos quais atendi", afirmou.
Celino Cardoso (PSDB), que ocupa a 79.ª posição do ranking, por sua vez, alegou que o seu estilo é diverso do avaliado pela ONG. "Eu tenho um perfil diferente, sou um deputado distrital atuante. Meu foco é com os eleitores da Zona Noroeste de São Paulo", declarou.
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