Os promotores de Justiça que investigam o crime organizado na região de Bauru obtiveram, nesta terça-feira (5), a condenação do presidente da Câmara de Vereadores e do ex-diretor de Saúde do município de Bariri, por vários crimes de peculato (corrupção cometida por funcionário público).
Clóvis Roberto Bueno, presidente da Câmara, e Claudocir Maccorin, ex-diretor de Saúde do Município, foram denunciados pelo MP em maio de 2008. De acordo com as investigações, os dois desviaram remédios adquiridos pela Prefeitura que deveriam ser destinados ao posto de saúde municipal. Também ficou comprovado que o vereador Clóvis se promovia politicamente, distribuindo para eleitores os remédios públicos desviados.
Os pacientes que procuravam o posto de saúde e não encontravam remédios buscavam o auxílio do vereador Clóvis que, com ajuda de Claudocir, recebia os medicamentos comprados com dinheiro público e fazia pessoalmente a entrega aos cidadãos, inclusive durante o período eleitoral. Clóvis também agia em relação a outros procedimentos ligados à área da saúde. Ele intervinha, por exemplo, para antecipar cirurgias marcadas para datas distantes.
As investigações foram conduzidas pelos promotores de Justiça que investigam o crime organizado na região de Bauru, em conjunto com a Polícia Civil, desde 2005. Uma denúncia anônima levou os Policiais à oficina do vereador, onde foi encontrada uma grande quantidade de medicamentos, receitas médicas, encaminhamentos, guias médicas e outros papéis semelhantes.
O juiz Luiz Augusto de Oliveira Martins Pereira condenou os dois pelo crime de peculato, com pena de dois anos e quatro meses de reclusão, sendo a pena privativa de liberdade substituída por duas penas restritivas de direitos. Clóvis Roberto Bueno e Claudocir Maccorin vão ter que prestar serviços à comunidade pelo prazo da pena e pagar prestação pecuniária de um salário mínimo à entidade pública com sede em Bariri.
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