quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Empreiteiras foram as principais financistas das campanhas eleitorais na região de Rio Preto

As empreiteiras - empresas ligadas ao setor da construção civil - e as usinas de álcool lideram o ranking das doações feitas para financiar as campanhas dos 12 deputados federais e estaduais eleitos por Rio Preto e região. As empreiteiras injetaram R$ 1,9 milhão na corrida eleitoral de 2010, enquanto as usinas outros R$ 885 mil, o que totaliza R$ 2,78 milhõesA maior doação pontual chega a R$ 300 mil e foi entregue ao deputado federal eleito Vaz de Lima (PSDB) para Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar). No total, os 12 deputados eleitos receberam doações que totalizam R$ 19,2 milhõesNa prestação de contas do deputado federal eleito Rodrigo Garcia (DEM), divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta uma doação de R$ 250 mil da empreiteira Camargo Corrêa, de São Paulo. Ele ainda recebeu doações de R$ 150 mil da usina Viralcool, que mantém três unidades industriais no Estado, além de R$ 150 mil da Construtora Queiroz e Galvão e mais R$ 150 mil da Companhia de Cimento Ribeirão Grande. No total, Rodrigo recebeu doações que somam R$ 2,7 milhões, maior montante entre os eleitos. Ex-prestadora de serviços de limpeza urbana para a Prefeitura de Rio Preto, a Leão Leão, de Ribeirão Preto, doou R$ 50 mil para a campanha de Edinho Araújo (PMDB). A empresa foi contratada em 2007, na gestão de Edinho à frente da administração municipal. O atual prefeito Valdomiro Lopes (PSB) rompeu o contrato com a Leão Leão. As doações ocultas, feitas a deputados federais eleitos por comitês e diretórios políticos, chegam a R$ 1,3 milhão. Os doadores desse montante não são revelados na prestação de contas dos candidatos. O dinheiro foi entregue, primeiro, ao partidos, que depois despejaram nas campanhas dos candidatos. No caso dos deputados estaduais, as doações de partidos chegaram a R$ 500 mil. Na distribuição de dinheiros às campanhas dos deputados estaduais as empreiteiras destinaram R$ 130 mil para João Paulo Rillo (PT), por meio da Galvão Engenharia, e R$ 100 mil para Carlão Pignatari (PSDB) da Construtora Menin. Itamar Borges (PMDB) recebeu R$ 35 mil da Viva Ambiental e Serviço e mais R$ 25 mil da usina Unialco. A empresa do ramo automotivo Urso Branco também injetou R$ 125 mil da campanha eleitoral do peemedebista eleito para a Assembléia Legislativa. O grupo Rodobens, com sede em Rio Preto, que abrange empresas de seguro, negócios imobiliários, veículos e consórcios, distribuiu doações para os candidatos de Rio Preto e região. Rodrigo recebeu R$ 70 mil, Edinho outros R$ 40 mil, mesmo valor doado a Júlio Semeghini. A Fachini também doou para as campanhas dos candidatos. A cooperativa de planos de saúde Unimed também participou financeiramente da campanha dos candidatos. Sinval Malheiro (PV), eleito deputado federal, recebeu R$ 200 mil, enquanto para Orlando Bolçone (PSB), eleito deputado estadual, a Unimed reservou doação de R$ 10 mil. As chamadas doações ocultas, aquelas feitas por empresas e pessoas aos partidos, que depois repassam os recursos aos candidatos de acordo com seus critérios, somam R$ 1,8 milhão aos 12 federais e estaduais eleitos por Rio Preto e região. O campeão de recebimento de dinheiro para campanha nessa modalidade é o federal Júlio Semghini (PSDB), que recebeu do partido R$ 989 mil.Rodrigo Garcia (DEM) aparece em segundo com R$ 250 mil e depois João Paulo Rillo, que recebeu do PT e de comitês financeiros de outros candidatos do partido R$ 242,6 mil. João Dado (PDT), com R$ 60 mil, Sebastião Santos (PRB), com R$ 69,3 mil, Orlando Bolçone (PSB), com 45,8 mil e Geraldo Vinholi (PSDB), com R$ 22,6 mil, completam a relação dos eleitos da região que receberam doações ocultas via seus respectivos partidos. 
 (Diário da Região)

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