segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Em São Paulo, fiscais apontam falhas em reformas de escolas

Numa escola, a reforma que deveria substituir a estrutura de lata pela alvenaria excluiu as salas de aula --onde, segundo alunos, a temperatura ficou mais alta. A existência de um consórcio pago para fiscalizar os trabalhos não evitou a falha. Em outras unidades, mesmo depois da realização de obras, restaram curtos-circuitos, goteiras e refluxo de esgoto.Os problemas foram apontados por auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) em escolas estaduais de São Paulo. Ela verificou que reformas foram malfeitas e não tiveram fiscalização adequada.Da amostra de 31 unidades visitadas, 23 "apresentaram problemas visíveis na execução das obras". O acompanhamento foi feito como parte da análise das contas de 2008 do governador José Serra (PSDB), aprovadas em junho, com recomendações.No ano passado, o programa de reformas de escolas consumiu R$ 261,5 milhões, equivalente a quase metade do gasto para pagamento de bônus por desempenho aos docentes. Neste ano, as reformas deverão receber R$ 363 milhões. Segundo a auditoria, um dos problemas mais graves foi verificado na escola Prof. Sérgio da Costa, na zona norte da capital. Foi lá que a reforma deveria fazer a troca do padrão Nakamura (espécie de escola de lata) para a estrutura de alvenaria.Os técnicos verificaram, porém, que a substituição ocorreu em apenas algumas áreas, excluindo as salas de aula. Nas classes, o telhado recebeu uma manta para tentar atenuar o calor, mas a temperatura ficou ainda mais alta, conforme relatos de estudantes e professores.Os blocos usados nas paredes externas, dizem os técnicos, são muito frágeis e facilmente destruídos. Por isso, começou a haver furtos na unidade. A reforma custouR$ 610 mil. O consórcio LBR-TCL-Ambiente Brasil recebeu R$ 4,7 milhões para fazer a fiscalização das escolas dessa área (norte 2) e de outras nove regiões no Estado. O grupo não se pronunciou sobre as falhas apontadas pelo TCE.Mesmo após reforma, permaneceram curtos-circuitos na escola Bairro dos Pimentas 2, em Guarulhos (Grande SP). Na Dr. Átila Ferreira Vaz, em Diadema (ABC), foram constatadas fortes goteiras mesmo em dias sem chuvas. O TCE também apontou falhas na fiscalização das obras, ação a cargo da FDE (órgão da Secretaria da Educação). O serviço foi terceirizado e as empresas receberam R$ 34 milhões. Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. Oi, estou conhecendo seu blog, e quero lhe desejar uma boa semana.
    bjsss

    aguardo sua visita :)

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