A Justiça do Trabalho em Paulínia (SP) condenou ontem as indústrias multinacionais Shell e Basf a pagar indenização de R$ 761 milhões, ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por danos morais causados à comunidade pela contaminação de trabalhadores e filhos por substâncias tóxicas. As empresas terão também que arcar com assistência médica e indenizações individuais de R$ 64.500,00 aos ex-funcionários e a seus filhos nascidos durante ou após a prestação de serviços às empresas. No total, cada empresa terá um custo aproximado de R$ 1,1 bilhão.
A sentença resultou de ação impetrada pelo Ministério Público do Trabalho e a associação dos ex-trabalhadores de uma fábrica de agrotóxicos que produziu durante 25 anos, entre 1977 e 2002, quando foi desativada. A Justiça concluiu que os empregados na fábrica foram expostos a substâncias químicas e contaminados por elas. Pelo menos mil funcionários trabalharam lá, primeiramente empregados pela Shell e, depois, pela Basf. Uma parcela de trabalhadores foi vítima de neoplasia maligna. Outros funcionários foram atingidos por doenças do aparelho circulatório e alguns por doenças do aparelho digestivo.
Em nota, a Basf anunciou que vai recorrer da decisão judicial.
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